...e o sentir-se em condições de enfrentar os grandes obstáculos da
vida.
A vesícula biliar é uma estrutura secular que serve como reservatório para a bile. A presença de certos alimentos no duodeno, particularmente a gordura, causa a liberação de um hormônio que alcança a vesícula biliar por via sanguínea, produzindo a contração da vesícula e a expulsão da bile para o duodeno.
Metafisicamente,
a vesícula reflete a disposição com que a pessoa enfrenta as dificuldades da
vida, sentindo-se livre para se impor diante dos obstáculos. A vesícula
biliar mantém armazenada a bile, que, no âmbito metafísico, representa a expressão de nossos conteúdos internos
para resolver os problemas da vida.
Nas pessoas que não liberam seus impulsos agressivos, acarretarão complicações na vesícula ou no duto
que conduz a bile até o duodeno. A complicação mais comum resume-se na formação de cálculos nessa
região, representando a calcificação
da agressividade. Os problemas na vesícula surgem nas pessoas rígidas, intolerantes,
contrárias a tudo que acontece.
Têm dificuldade em digerir o novo e negam os fatos. Sentem-se presas e sufocadas
pelas situações que as pressionam constantemente, não conseguem se
soltar, liberando sua força para resolver as complicações. Só não conseguem colocar
adequadamente sua capacidade resolutiva, comprometendo a vesícula.
Outros dois problemas bastante conhecidos na vesícula são a vesícula preguiçosa e as
pedras na vesícula. A vesícula preguiçosa é muito comum em pessoas
lentas nas mudanças, que demoram para
se adaptar ao novo. Quando requisitadas para algo de que não gostam,
reclamam demasiadamente. Acham que ninguém faria
nada se não fossem elas para resolver
as coisas. Essa resistência em fazer aquilo que lhes cabe gera um desejo
inconsciente de conter sua preparação interna,
ocasionando-se a redução na função da vesícula.
As pedras na vesícula são constantes em pessoas que param diante das dificuldades, não admitindo serem
conduzidas pela natureza. Elas exigem que tudo seja do seu jeito. Quando não conseguem, relutam nas
situações, impedindo que as circunstâncias
sigam o fluxo normal. Essas insistências tanto prolongam as dificuldades
quanto provocam a formação das pedras. A capacidade
de atuação da pessoa termina por
calcificar-se.
A incapacidade de alguém em manter as coisas do seu modo gera um impasse que origina frequentes
dificuldades. Por meio delas a vida ensina a pessoa a ser menos rígida e intransigente, liberando seus
potenciais e deixando a vida se fazer nela com toda a perfeição e abundância inerentes à natureza. Além disso, a liberação da energia presa também sugere a decomposição dos cálculos biliares.
Conter-se diante dos obstáculos e dificuldades
da vida é perder a habilidade em usar
os próprios potenciais e capacidades de resolução, distanciando-se da ação
direta na situação.
Quem precisou extrair a vesícula, acometida por algum tipo de problema, desenvolveu a estrutura interna causadora da disfunção que levou a retirar esse
órgão. A ausência da vesícula no
corpo provoca uma sensação de perda do referencial físico, de armazenagem metafísica da agressividade, deixando a pessoa mais propensa a
se impor na situação, falando logo sobre o que pensa a respeito das coisas
que acontecem à sua volta. Já não consegue mais
guardar nada daquilo que outrora não
conseguia expor, nem medir suas palavras para falar sobre aquilo que a incomoda
na situação. A maneira que encontra para isso
normalmente é por intermédio das brincadeiras
e "gozações". Como
podemos perceber na grande maioria das pessoas que extraíram a vesícula, elas passaram a ser bem diferentes de antes.
Às vezes, até exageram um pouco
em suas colocações, como se quisessem tirar o atraso do tempo em que se
calaram, não conseguindo impor suas vontades.
Aqueles que conseguem liberar sua força agressiva,
mesmo depois de perderem a
vesícula, atingem um estado de saúde interior graças ao
equilíbrio das ações. Mesmo percorrendo um caminho de dor e deterioração de um órgão de seu corpo, isso é imprescindível para o restabelecimento físico,
psíquico e emocional.
(Extraído do livro "Metafísica da Saúde - Vol. 1" de Luis Antonio Gasparetto e Valcapelli)
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